O jornal laboratório Campus OnLine, da Faculdade de Comunicação - FAC/UnB publicou no site
Começou no último dia 26 a nona edição do projeto Tubo de Ensaios - Brasílias, da Universidade de Brasília (UnB). Criado por Magno Assis, a ideia é que leigos nas artes cênicas possam aprender sobre atuação em cenários diversos por meio de oficinas e performance. Assis é ex-aluno e gerente artístico e cultural da Diretoria de Esportes, Arte e Cultura (Dea) da Universidade. Ele defende que o evento favorece outros caminhos para o teatro da cidade. “Grupos que contribuíram com o Tubo de Ensaio desenvolveram uma metodologia própria a partir do experimento”, afirma.
Um destes grupos é a Cia Andaime, que já participou do evento e agora organiza, durante a Semana Preparatória, a oficina Curto-Circuito. Produtora da companhia, Patrícia Del Rey participou de cinco edições do Tubo de Ensaios. Hoje, a companhia realiza o projeto Serpentes Que Fumam, que ela define como “um projeto de intervenção urbana, uma miscelânea de conceitos, que consistem em criar uma ação cênica e ir para o espaço público. Muitas vezes essa ação não é ensaiada”. Neste ano, a companhia esteve em espaços como a Torre de TV, cartórios e realizou um churrasco no buraco do tatu, registrado no vídeo.
Entre as referências para experimentação estão as técnicas de Augusto Boal. “Todas as nossas intervenções não têm autorização legal, a gente trabalha muito com teatro de invasão. Isso está muito ligado ao Teatro do Invisível”, explica.
Para preparar o espetáculo final, os inscritos no Tubo de Ensaios participam de oficinas que envolvem desde criação da personagem ao figurino e trilha sonora. A preparação é orientada por artistas de companhias de teatro e professores da Universidade, como Conrado Silva, do departamento de Música, e Luisa Gunther, do departamento de Artes Plásticas, com aulas que acontecem entre os dias 26 de julho e 15 de agosto.
O resultado do estudo poderá ser visto nos dias 21 e 22 de agosto na Ala Sul do Instituto Central de Ciências (ICC-Sul), do Campus Darcy Ribeiro. Maria Garcia, da Diretoria de Esportes e Artes garante: “A gente sempre atua em espaços não convencionais de arte, sem ser em galeria ou teatro. Tivemos vários eventos que ocorreram no minhocão, no subterrâneo, no mezanino”. Maria Garcia ressalta também a importância de se realizar o evento dentro da universidade: “Estamos em um ambiente do estudo e também de experimentação, de laboratório - não laboratório de química, mas de artes”.
Foram 109 inscritos para sete oficinas. Os participantes variam entre alunos da UnB de diversos cursos (Medicina, História, Engenharia Eletrônica), servidores, vestibulandos e alunos da escola pública. Todas as oficinas são gratuitas e o evento tem o apoio do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) da UnB.
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